2-[7-fluoro-3,4-dihydro-3-oxo-4-(2-propynyl)-2H-1,4-benzoxazin-6-yl]-4,5,6,7- tetrahydro-1H-isoindole-1,3(2H)-dione é um herbicida seletivo, não sistêmico para aplicação em pré e pós-emergência, destinado ao controle de plantas daninhas nas culturas de Algodão, Batata, Café, Cana-de-açúcar, Cebola, Citros, Espécies Florestais (Eucalipto e Pinus), Feijão, Maçã, Mandioca, Milho, Soja e Trigo em solo leve, médio e pesado. As suas principais características podem ser visualizadas no Quadro 1.
Quadro 1 – Algumas propriedades físico-químicas da flumioxazina
Uso herbicida
Flumioxazina é classificada no Grupo 14 (WSSA) e no Grupo E (HRAC), mecanismo de ação “Inibidores da enzima Protoporfirinogênio Oxidase (Protox/ PPO)”. Grupo químico N-fenilftalimidas.
Na cultura do Trigo é indicado para uso em pré-emergência da cultura e das plantas daninhas, devendo ser aplicado ao solo em um período de pelo menos 7 dias antes da semeadura do Trigo. Para essa modalidade as plantas daninhas alvo estão citadas no Quadro 2.
Quadro 2 – Plantas daninhas controladas com o herbicida flumioxazina na cultura do Trigo
*Produto comercial = Sumisoya 500 SC
As espécies daninhas controladas pelo herbicida Flumioxazina estão listadas no Quadro 3.
Quadro 3 - Espécies daninhas controladas pelo herbicida Flumioxazina
Comportamento na planta
O herbicida flumioxazina inibe a enzima proporfirinogênio oxidase (Protox/PPO) (Figura 1). Após a inibição da Protox pelo herbicida, a protoporfirina IX é acumulada fora dos plastídios (no citoplasma) e interage com o oxigênio e a luz para formar o oxigênio singleto (O - ). O protoporfirinogênio IX sai do cloroplasto quando a Protox é inibida e se acumula no citoplasma. A oxidação enzimática ocorre então no citoplasma, e a protoporfirina IX formada não é usada como substrato, nesse local, pela enzima Mg- quelatase, que se localiza nos cloroplastos, responsável pela formação da Mg- protoporfirina IX. A protoporfirina IX formada no citoplasma, sem Mg, interage com o oxigênio e a luz para formar o oxigênio singleto (0 - ) e iniciar o processo de peroxidação dos lipídios da plasmalema.
Figura 1 – Detalhes da rota de síntese do citocromo e da clorofila.
As plantas tratadas com flumioxazina emergem do solo e tornam-se cloróticas e morrem logo após a exposição ao sol. As folhas ao contato com o herbicida apresentam rápida necrose e dessecação.
Flumioxazina é absorvida pelas raízes e folhas tratadas. Estudos indicam que sua absorção primária é pelas raízes. Possuem baixas ou nenhuma translocação quando aplicados às folhas. Nesses órgãos sua movimentação pelo floema é reduzida devido a rápida dessecação dos tecidos ao entrarem em contato com o herbicida.
Necessitam luz para apresentar máxima atividade, sendo que no escuro apresentam baixa ação. As partes tratadas morrem em dois ou três dias. Devido à baixa translocação é necessária boa cobertura foliar.
Comportamento no solo
Flumioxazina não sofre fotodegradação quando aplicada ao solo. Porém, é suscetível a fotodecomposição. Sua degradação no solo é microbiana.
O herbicida é classificado com não persistente, com meia vida de 11 a 17 dias. A mobilidade no solo é reduzida devido à baixa solubilidade.
No solo apresenta alta adsorção pela matéria orgânica do solo. Considerado não volátil.
Bibliografia consultada
Weed Science Society of America. Herbicide Handbook. WSSA (Lawrence). Edição 10, 2014. 513p.
O UP-Herb – Academia das plantas daninhas disponibilizará:
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